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padre Floris

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sábado, 3 de julho de 2010

Pós Graduação - Segundo Módulo


Terá início, em Goiânia, na Casa da Juventude Pe. Burnier, o Segundo Módulo da 6ª turma de Especialização em Juventude Contemporânea, promovida pela Rede Brasileira de Centros e Institutos de Juventude, em parceria com a FAJE (Faculdade Jesuíta de Belo Horizonte) e com apoio do Setor Juventude da CNBB.

O curso realiza-se em três módulos presenciais: 07 a 30 de janeiro de 2010, 05 a 24 de julho de 2010 e 10 a 29 de janeiro de 2011, com aulas de segunda-feira a sábado.

Assim eu já me encontro aqui em Goiânia na CAJU para mais etapa. No decorrer do Curso estaremos dando noticias de sua evolução.

Saiba mais:
A Especialização em Juventude Contemporânea busca aprofundar o conhecimento teórico, prático e científico sobre a adolescência e juventude contemporânea, capacitando formadores/as, educadores/as e outros/as profissionais frente ao fenômeno juvenil, às políticas públicas e às práticas sociais que se impõem nos diferentes níveis: local, regional, nacional e internacional.
Maiores informações: posjuventude@casadajuventude.org.br.

Em continuação à comemoração aos 10 anos da Pós-Graduação em Juventude no Mundo Contemporâneo, promovido pela Rede Brasileira de Centros e Institutos de Juventude, acontecerá, na Casa da Juventude Pe. Burnier, nos dias 09 e 10 de julho, o II Seminário “Perspectivas de Juventude”.
O seminário é destinado a alunos/as das edições anteriores do curso de pós-graduação em Juventude No Mundo Contemporaneo, especialistas em juventude, Rede Brasileira de Centros e Institutos de Juventude, Observatórios de Juventude, estudantes, pesquisadores/as, professores/as, jovens dos diversos grupos e interessados sobre a temática juvenil.

PROGRAMAÇÃO:
09/07/2010 (sexta-feira)
• 8h30: Acolhida e abertura do Seminário
• 9h30 às 12h: MESA 1 - Juventude e Trabalho
• Debatedor:
• Prof. Dr. Candido Alberto da Costa Gomes. UNESCO, Cátedra de Juventude. Educação e Sociedade. Professor do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Católica de Brasília - UCB.
• Coordenação: Prof. Msª Vanildes Gonçalves dos Santos. Coordenadora Pós-Graduação Virtual da UCB e professora da Pós-Graduação em Juventude no Mundo Contemporâneo.
• 14h30 às 17h30h: MESA 2 – Órgãos de Controle de Políticas Públicas para a Juventude
• Debatedores/as:
• Renildo Lucio, Especialista em Juventude no Mundo Contemporâneo.
• Alexandre Piero, Especialista em Juventude no Mundo Contemporâneo e membro do Conselho Estadual de Juventude de São Paulo.
• Eudes Medeiros (Índio), Presidente do Conselho Estadual de Juventude de Goiás.
• Coordenação: Janaina Firmino dos Santos - CAJU.
• 18h às 19h: Lançamento de livro e confraternização.
10/07/2010 (sábado)
• 8h30 às 12h30: MESA 3 – Novas Mídias na Linguagem Juvenil
• Debatedores/as:
• Claudia Valente Cavalcante – Mestranda em Educação - PUC/GO.
• Wolney Fernandes de Oliveira – Mestre em Artes Visuais - CAJU – UFG.
• Edina Lima Cardoso - Especialista em Juventude no Mundo Contemporâneo.
• Coordenação: Rafael Parente de Sá – IPJ/SP

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Assessor Sim, Dono Não!

Amigos e amigas. Neste mes de julho, exatamente no dia 16, completam-se 13 anos da partida de nosso querido e inesquecível FLORIS para a casa do Pai. Como uma homenagem posto hoje este texto que tenho de sua autoria. Como perceberão o texto está incompleto. Foi trasferido de um antigo diskete, daqueles antigos, mas é um texto atual para se refletir sobre a assessoria. Se por acaso alguem tiver o texto completo partilhe conosco.

PE. FLORISVALDO SAURIN ORLANDO, CP.

Pe. Florisvaldo, conhecido melhor como Pe. Floris, nasceu em Padre Nóbrega-SP, a 24/02/1952. Foi ordenado presbítero a 03/02/1980 em Paranavaí (PR). Em 1981, a Província Passionista do Calvário, com sede em São Paulo, o destinou para ajudar os co irmãos de Goiás e a Diocese de São Luís de Montes Belos. Dom Stanislau logo o nomeou assessor diocesano da Pastoral da juventude, cargo que ocupou até 1989, quando passou a assessorar a PJ (Pastoral da Juventude) Nacional. O esperado encontro com o Senhor aconteceu em Goiânia (GO), na madrugada do dia 16 de julho de 1997.


Assessor Sim, Dono Não!
Pe. Florisvaldo Saurin Orlando.

No artigo anterior [JUVENTUDE n”70] dizíamos que cada grupo deveria ter um assessor fixo que conhecesse sua caminhada e acompanhasse seu processo de crescimento. Também falávamos do protagonismo dos jovens e da Função do assessor de grupo: iluminar as decisões dos jovens, não decidir por eles!
O “grupo da Maricota” tem um simpático casal de “tios”. Outro tem urna “madrinha”, Certa paróquia tem um “casal dirigente” para cada grupo. Todos eles “gente boa”, vindos de algum movimento de Igreja. Fazem de tudo pelo seu grupo: providenciam passeio, promovem festinhas, dão conselhos, zelam pelo bom comportamento, ensinam, dão palestras ou dirigem as reuniões, quebram galhos... Mas seus grupos parecem mais um bem organizado “Jardim de Infância”! Só falta botar todos em filinha de mãos dadas na hora de atravessar a rua. Porque na verdade os jovens do grupo são tratados como crianças. E o pior é que gostam, se comportam como crianças e pennanecerão infantis para sempre se não se quebrar esse tipo de dependência.
A presença do adultos, especialmente de um casal, no grupo de jovens pode ser urna bênção. Mas como assessores, não como tios, padrinhos, dirigentes... “donos” do grupo. As vezes aqueles títulos são usados ingenuamente. Mas na maioria das vezes eles denunciam o tipo de relação que se estabelece: unia presença paternalista, que gera nos jovens unia atitude de dependência. e que tornará adultos passivos (ou também paternalistas) e não cidadãos críticos, criativos, sujeitos de mudança e construção de urna história melhor.
A questão principal não é o título, mas a atitude, a pedagogia utilizada. Nós adultos ternos urna tendência ao paternalismno ou autoritarismo. O sistema social, familiar, educacional e eclesiástico tem formado para isso. Muitos Movimentos de Leigos, de onde vêm os adultos que se dispõem a trabalhar com os jovens, possuern urna pedagogia pouco libertadora (baseada em palestras, por exemplo), que reforçam essa atitude. Depois eles trazem seus “vícios pedagógicos” para o grupo, contrariando a proposta pedagógica da PJ - Pastoral da Juventude - que quer desenvolver o Protagonismo dos Jovens.
O que fazer? Os jovens devem lutar por seu protagonismo, não dispensando os assessores, mas exigindo que estes ocupem seu lugar próprio. O adulto que se dispõe a trabalhar com os jovens precisa capacitar-se para isso, conhecendo a proposta pedagógica da PJ, o papel do assessor e, sohre!udo, vigiando-se e revisando suas atitudes para livrar-se dos “vícios pedagógicos” que sua formação lhe incutiu. Os responsáveis pela PJ na paróquia, diocese ou região, precisam proporcionar a esses adultos os meios para sua formação e aperfeiçoamento como assessores de jovens. E no caso de alguns “donos” de grupos que sejam “incuráveis”, arrumar um jeito de se mandarem. Melhor não tê-los. Nem sê-los!
A ssessor, bicho raro e necessario!

~edi questões de temas e proble¬mas da Vida em grupo a serem tratados aqui.
1) pedido continua de pé. Aleuéitm immdaeou: ‘1: a /11(”Jao dv (IdulIOx que e.~¬loa 110) ~rupos Cofio doiios ‘. 1/00 (0)110
(IXACVN0/CX, /)OfX (1 lÍXW) deles e Jfiul(’i/ld¬l~!a C 1/00 (0/li ril~ui. Cø~i~~ iraball,u e ~ 1 1’alcmos. entao. de Assessoria.

1- Nos t!rtllX)5 dii 11 — Pastoral da Juventude — os jovens são os protagonistas. Eles são sujeitos e não apenas destinatários da ação evangelizadora. Para serem sujeitos de historia exige-se uma pedagogia que favoreça sua participação comoi sujeitos desde a entrada no grupo. Isso significa que são eles que devem definir e decidir sua caminhada como grupo.

2. O protagonisrno) dos jovens não dispen¬sa a assessorma e nem significa que a Igre¬ja e a PJ não possam ter urna Proposta para eles. Não signitica que cada grupo) tenha que ‘‘partir do zero’’, inventando tu¬do. Há um “saber acumulado” (experiên¬cias, marco) doutrinal, princípios pedagó¬gicos, metodologias etc) que pode e deve ser colocado à disposição do grupo, sobretudo através da assessorta,

3. Assessores sao, portanto, Adultos (ca¬sal, irmã, rcligio)so, padre) OU Jovens (que passaram pelo processo de formação), que possuem aquele saber e experiência e que.
sem serem do Grupo, Estão no Grupo para Acompanhá-lo, Apoiá-lo, Orientá-¬lo, ajudando-o a construir o seu caminho apropriando-se do “saber acumulado” e criando o proprio. A função do assessor é a de lluniinar as Decisões do Grupo e não a de Decidir por ele!

4. Sem assessoria o grupo não caminha. Ou caminha com mais dihculdade. Geral¬mente o padre, sobrecarregado de traba¬lhos, dá seu “apoio moral” (ou nem isso!). faz uma visitinha, passa algum material. A equipe paroquial de coordenação e assessoria (onde tem) visita os grupos, provi¬dencia subsídios, promove reuniões e cur¬soS para os coordenadores, ali ~‘idades coo—
•jltlI las para todos os participantes. Os di¬versos grupos da paróquia, etc. ‘hurnhéni as vezes o grupo convida uma pessoa (211— tcndid:t cm um determinado assunto) para ajudá-lo), estudo de um tema ou planejamento de uma ação. Todas essas S~i() fo— niias de iij)OlO e as~:essO1-ia (ltJC o) gr tipo deve dpfl )W II dF.

5. Mas o ideal é que cada grupo possa ter um Assessor Fixo, urna pessoa unica, tendo aquela experiência e conhecimento de que falamos. Conheça a caminhada do Grupopo e Acompanhe de modo permanente o seu Processo de Crescimento

1:)) caso de adultos que 1h ‘do— iius (105 grupos e fl~() :tsSCssonesV Chega— 1(2110(5 la. 110) proxitllo iltitlieW!

domingo, 27 de junho de 2010

Falar de Deus aos que não creem

Thomas é um jovem cientista agnóstico que teve a boa ideia de querer se casar com uma filha de pastor. Então, o sogro, depois de algumas discussões que se imaginam como intensas, escreveu uma carta ao futuro genro para "explicar-lhe a fé cristã". Pode-se ler esse pequeno livro ("Lettre à mon gendre agnostique pour lui expliquer la foi chrétienne" [Carta a meu genro agnóstico para explicar-lhe a fé cristã], Ed. Labor et Fides, 2010, 102 páginas) em menos de duas horas, e a forma epistolar torna sua abordagem simpática.
A reportagem é de Marie Lefebvre-Billiez, publicada na revista Réforme, n° 3374, 24-06-2010. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Antoine Nouis começa com um enigma: como é que o cristianismo pôde se difundir tanto assim, já que o seu fundador, Jesus Cristo, morreu jovem, abandonado por todos os seus? Não é necessário levar a sério o testemunho dos seus discípulos que afirmam tê-lo visto novamente vivo depois da morte? Sobre essa base, o pastor reformado propõe uma reflexão em dois tempos: aquilo que a Bíblia diz sobre o homem, com uma análise do relato da Criação e os seus dois personagens emblemáticos, Adão e Eva. E depois aquilo que a Bíblia diz de Deus, aquele absoluto que se "restringiu", para que o homem exista livremente.

Por fim, Antoine Nouis propõe a fé como "uma aposta e uma luta". Por isso, lança o desafio de tentar: "O que você arrisca?". Não encontramos no livro palavras incompreensíveis de teologia, nem afirmações dogmáticas peremptórias. Mas muitas referências aos filósofos e aos teólogos judeus, que põem esse livro em um nível bastante intelectual.

Para Guy Belestier, secretário nacional encarregado da coordenação inter-regional para a evangelização da Igreja Reformada francesa, esse livro é "muito denso, rico de coisas sobre as quais se pode refletir e discutir, com narrações interessantes", como por exemplo "as pulgas na orelha do elefante". Porém, a obra não deve ser separada do seu contexto: "Ela se dirige a uma pessoa já em contato com a religião por meio da futura mulher e do sogro. É a consequência de um diálogo.

Dirige-se, portanto, a pessoas que têm o desejo de ir além, de entender e de pôr questões. Não é para não crentes que põem um outro tipo de questões, como 'Por que o mal?'. Não se fala disso". Segundo Guy Balestier, propôr a fé como uma aposta, exortando a experimentá-la, é uma coisa muito moderna e pertinente para um cientista. Isso põe a problemática em uma dinâmica triangular: compreender, crer, praticar. "Há muitos caminhos diferentes que levam à fé.

A frase, bastante evangélica, de 'belonging before believing' (pertencer antes de crer) é um dos tantos possíveis. A pessoa é levada ao caminho da vivência religiosa por uma comunidade que a leva. 'Viva as coisas e você vai ver!'". Entretanto, Guy Balestier adverte: uma pessoa que enfrente esse tipo de percurso terá a necessidade de ser acompanhada, além do livro.

Liberdade revolucionária

É justamente o caso de Estelle, 29 anos, que se define como "uma ateia que se coloca perguntas". Crescida sem nenhuma educação religiosa, não batizada, começou a se questionar no ano passado. Sentia uma "falta de espiritualidade" e fez um retiro de silêncio que lhe permitiu "descer profundamente em mim mesma".

O livro de Antoine Nouis permitiu-lhe aprofundar as suas interrogações. "Principalmente, é estranho viver sem se colocar o problema de saber se há uma outra dimensão além da de trabalhar para ganhar dinheiro e gastá-lo. E, depois, por que existe tantas pessoas na Terra que acreditam? Os ateus são uma minoria!

Por muito tempo, pensei que os crentes fossem estúpidos que tinham medo da morte. Com esse livro, me dei conta de que as pessoas não acreditam porque têm medo. É uma coisa muito mais complexa e profunda". Estelle achou muito interessante o ponto em que se fala da liberdade. "Nós somos livres para fazer erros e de dar as costas para Deus. Por isso, existem pessoas ateis como eu. Isso é revolucionário!".

Então, Estelle quis aceitar o desafio. Marcou um encontro com o padre da paróquia mais próxima. Mas ao mesmo tempo "tive medo de subverter os meus costumes, de não ser mais eu mesma, de perder os meus amigos. Não desejo arrastar os outros comigo". Ela pensa no seu companheiro, com o qual vive sem ser casada e do qual está grávida. O bebê, "decidimos não batizá-lo". Porém, ela deseja fortemente "continuar o meu próprio caminho, ir além. Tenho vontade de acreditar. Estou a caminho". Desejamos-lhe uma boa viagem.